A Vida é uma passagem para a outra margem
A Vida é uma passagem para a outra margem, é uma verdade que me tem feito reflectir ultimamente.
O facto de estar envolvida na defesa da Vida Humana, sobretudo nos seus momentos mais frágeis, princípio e fim, posicionaram-me como que observadora do que se vai passando nesta Ponte, que é o tempo e espaço que nos é dado viver enquanto aqui na Terra, e que une estas duas margens.
Se por uma lado a grande noticia da gravidez nos enche de alegria, a morte por sua vez, apresenta-se como o grande mistério, o momento escuro e para o qual nenhum homem encontrou uma explicação ou definição. Assim, neste contexto sinto-me profundamente grata porque caminho ao lado de Jesus, O único que nos dá simplesmente a certeza de que para lá desta vida mortal, há uma vida eterna cheia de Paz e Alegria. Esta vida eterna, tem no entanto o seu começo aqui, agora! Daí a ponte ter uma razão tão fundamental.
Deixando um pouco para outra altura o drama do aborto, deparamo-nos agora com o drama da eutanásia, que não é mais do que tentar convencer as pessoas de que elas já não interessam, que podem partir quando bem entenderem e que até se quiserem nós ajudamos, matando-as.
Esta realidade, já existente em alguns países da Europa, está a tentar minar Portugal. Esta falsa compaixão que não tem nada a ver com a morte natural, onde no entanto a ciência evolui no sentido de minimizar o sofrimento, tem nela contornos absolutamente aterrorizadores. Hoje há homens, não a Humanidade, que se apoderou da vida de outros homens e cria leis que ditam quem pode ou não viver. Hoje há homens que deixaram morrer a chama do amor nos seus corações e que vivendo nas trevas, se vão alimentando da vida dos mais fracos e desprotegidos, criando uma mentalidade imposta de quem é digno ou não de viver. É uma nova forma de ditadura.
E enquanto tudo isto se decide nos assentos dos parlamentos, de umas vagas discussões politicas, de acordos e grandes negócios que criam uma doente “riqueza” nos países ditos evoluídos, a vida e a morte continuam a acontecer na vida de todos nós, como momentos naturais onde a feliz ou a triste noticia, fazem parte integrante. Felizmente ainda há quem morra sossegadamente na companhia dos seus, mesmo que com sofrimento. Felizmente ainda há maridos, mulheres, filhos, pais, avós, tios, amigos, que naturalmente acompanham os seus com carinho e amor, mesmo que sem soluções milagrosas.
Hoje, dia 8 de Julho, recebi duas noticias tão diferentes à partida e tão unidas nesta dinâmica que é a Vida. Uma é a que vamos ter mais um neto na família (da Inês) e outra poucos minutos depois de que a minha madrinha tinha morrido (tia Belita). As duas noticias levaram-me ao fundo do meu coração e da minha inteligência para neles encontrar o espaço e a Paz que ambas as noticias merecem.
Tenho 50 anos e posso orgulhar-me de ser filha, mãe, esposa, avó, Irmã, tia, cunhada, sobrinha e prima. Isto leva-me a dar graças a Deus, de pertencer a uma família, lugar de excelência para nascer, crescer e morrer. Por isso nestas várias dimensões, sei que posso dar e receber, ajudar e ser ajudada, amar e ser amada e é nessa e só nessa dinâmica que acredito posso morrer um dia em Paz.
Concluo que esta Cultura de Morte é resultado de uma tentativa bem determinada de dar cabo da FAMILIA, pelo precisamos todos mesmo todos de a defender e proteger.,promovendo a propósito e a despropósito a Cultura da Vida.
Sofia Guedes
8 de Julho de 2007
A Vida é uma passagem para a outra margem, é uma verdade que me tem feito reflectir ultimamente.
O facto de estar envolvida na defesa da Vida Humana, sobretudo nos seus momentos mais frágeis, princípio e fim, posicionaram-me como que observadora do que se vai passando nesta Ponte, que é o tempo e espaço que nos é dado viver enquanto aqui na Terra, e que une estas duas margens.
Se por uma lado a grande noticia da gravidez nos enche de alegria, a morte por sua vez, apresenta-se como o grande mistério, o momento escuro e para o qual nenhum homem encontrou uma explicação ou definição. Assim, neste contexto sinto-me profundamente grata porque caminho ao lado de Jesus, O único que nos dá simplesmente a certeza de que para lá desta vida mortal, há uma vida eterna cheia de Paz e Alegria. Esta vida eterna, tem no entanto o seu começo aqui, agora! Daí a ponte ter uma razão tão fundamental.
Deixando um pouco para outra altura o drama do aborto, deparamo-nos agora com o drama da eutanásia, que não é mais do que tentar convencer as pessoas de que elas já não interessam, que podem partir quando bem entenderem e que até se quiserem nós ajudamos, matando-as.
Esta realidade, já existente em alguns países da Europa, está a tentar minar Portugal. Esta falsa compaixão que não tem nada a ver com a morte natural, onde no entanto a ciência evolui no sentido de minimizar o sofrimento, tem nela contornos absolutamente aterrorizadores. Hoje há homens, não a Humanidade, que se apoderou da vida de outros homens e cria leis que ditam quem pode ou não viver. Hoje há homens que deixaram morrer a chama do amor nos seus corações e que vivendo nas trevas, se vão alimentando da vida dos mais fracos e desprotegidos, criando uma mentalidade imposta de quem é digno ou não de viver. É uma nova forma de ditadura.
E enquanto tudo isto se decide nos assentos dos parlamentos, de umas vagas discussões politicas, de acordos e grandes negócios que criam uma doente “riqueza” nos países ditos evoluídos, a vida e a morte continuam a acontecer na vida de todos nós, como momentos naturais onde a feliz ou a triste noticia, fazem parte integrante. Felizmente ainda há quem morra sossegadamente na companhia dos seus, mesmo que com sofrimento. Felizmente ainda há maridos, mulheres, filhos, pais, avós, tios, amigos, que naturalmente acompanham os seus com carinho e amor, mesmo que sem soluções milagrosas.
Hoje, dia 8 de Julho, recebi duas noticias tão diferentes à partida e tão unidas nesta dinâmica que é a Vida. Uma é a que vamos ter mais um neto na família (da Inês) e outra poucos minutos depois de que a minha madrinha tinha morrido (tia Belita). As duas noticias levaram-me ao fundo do meu coração e da minha inteligência para neles encontrar o espaço e a Paz que ambas as noticias merecem.
Tenho 50 anos e posso orgulhar-me de ser filha, mãe, esposa, avó, Irmã, tia, cunhada, sobrinha e prima. Isto leva-me a dar graças a Deus, de pertencer a uma família, lugar de excelência para nascer, crescer e morrer. Por isso nestas várias dimensões, sei que posso dar e receber, ajudar e ser ajudada, amar e ser amada e é nessa e só nessa dinâmica que acredito posso morrer um dia em Paz.
Concluo que esta Cultura de Morte é resultado de uma tentativa bem determinada de dar cabo da FAMILIA, pelo precisamos todos mesmo todos de a defender e proteger.,promovendo a propósito e a despropósito a Cultura da Vida.
Sofia Guedes
8 de Julho de 2007
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