PEREGRINAÇÃO A PÉ A FATIMA ( Maio 2008 )
Já escrevi sobre as saudades, ter saudades mas, é isso mesmo: saudades
( Só se tem saudades quando se gosta )
Saudades de tudo
É vago mas é isso mesmo
Saudades de tudo
Saudades das pessoas
Saudades das missas
Saudades das reuniões / palestras da Tia Gena. As vezes não estou de acordo mas curiosamente penso sempre que são palavras sabias e que o defeito é meu. Penso que a Tia Gena fala com poucas palavras privilegio que só esta ao alcance de poucos. Dizer muitas coisas durante muito tempo é fácil. Só dizer o sumo é que é difícil. É para poucos
Saudades das reuniões / palestras como a do Pe. Hugo Santos no CNEMA ( Santarém )
( As vezes com a minha mania da organização penso: Estão vários Padres presentes podia-se dar um mesmo tema e cada Padre ou “ Sacristão “ falava 15 ou 20 m. Tínhamos uma reunião mais rica, mais interessante com vários pontos de vista sobre o mesmo tema. ( Talvez fosse mais difícil para os Padres )
Saudades do dormir pouco
Saudades do fazer / desfazer o saco cama
Nunca o fiz mas em dias complicados e noites compridas já me lembrei de ir dormir no saco cama
Saudades
Tenho saudades
Tenho saudades da peregrinação
Da nossa
Conheço outras
Já fiz outras
Mas tenho saudades
Da nossa
De tudo
Tudo é vago
Mas é tudo
Tudo é tudo
Não há mais nem menos. É tudo
Das missas. São todas boas mas algumas deixam mais marcas que outras. A do Gaio é especial. Lembro-me duma missa “ incrível “ com o Pe. Bosco e o Pe. Zeca a fazerem a homilia a meias, em dueto, parecia combinado
Dos cânticos
De conhecer todas as pessoas presentes
De entrar numa Igreja e conhecer toda a gente
Das caminhadas em silencio
Caminhar em silencio rodeado de amigos é fantástico. Cada um reza o que quiser. Cada um pensa o que quiser mas estamos todos ali. Todos juntos. E isso dá uma força e uma confiança enormes
Do caminhar a rezar, a cantar
Do caminhar a ouvir outros a rezar
Do caminhar a ouvir outros cantar
Caminhar pelo campo a rezar um terço cantado é tão bonito. Só tenho isto uma vez por ano. Aqui. Só tenho terços cantados pelo José Manuel Simões de Almeida ou pelo José Pedro Rhodes Sérgio aqui
Este texto já esta escrito algum tempo e acabei de saber que o meu amigo José Pedro Rhodes Sergio morreu. Ainda ontem tinha estado a cumprir as suas obrigações de Servita nas cerimonias de Fátima. Morreu um homem bom. Perdi um amigo e agora só volto a ouvir a sua voz a cantar um terço no céu
Por quê ?
Esta Avé Maria é para ti Zé Pedro
Por acaso ainda ontem dia 13 de Julho na reunião do Passo a Passo me lembrei dele quando ouvi o coro
É. Desta não estava a espera. Penso que ninguém estaria a espera. Ele era amigo de toda a gente
Texto estranho este, estou infelizmente a escreve-lo aos bocados, infelizmente
Estou a regressar do teu velório, coisa estranha, coisa incrível apesar da morte ser a coisa mais certa e natural
Alguém no seu depoimento durante a tua missa disse uma das tuas frases que eu desconhecia
“ Um homem de fé não chora “
Vou pensar nela
Vou tentar acreditar nela
Depois falamos
Um grande abraço Zé Pedro
Perdi um amigo
Continua a cantar, vamos falando
Agora Zé Manel Simões de Almeida tens que cantar por dois
Das reuniões com ideias novas
A reunião do dia 13 em Fátima foi boa. Teve um defeito devia ter sido mais comprida mas, também tinha que acabar em algum momento
Dos pequenos almoços, dos almoços, dos jantares
Do parar no caminho para ver uma longa fila de peregrinos, de amigos, a passar
De ouvir o Sopas cantar os Bem Aventurados
Do pensar sozinho rodeado de amigos
Do pensar em conjunto
Do dizer obrigado no fim de rezar um terço em conjunto pelas estradas, pelos campos
Para além dos aspectos de educação é tão bonito acabar um terço a dizer obrigado para as outras pessoas que rezaram comigo. Só aqui
Do sentar no chão
Do sentar no chão a rezar um terço
As vezes penso ao longo do ano: Há quanto tempo não te sentas no chão ?
Do almoçar sentado no chão uma comida óptima
Do dormir num saco cama no meio dum pavilhão desportivo
Só aqui durmo dentro duma baliza de futebol de salão com as toalhas de dez peregrinos penduradas nas redes para “ tentar “ seca-las um pouco. É Alfama no seu melhor. Depois do primeiro banho em Vila Franca passamos a transportar e a secar-nos com uma toalha molhada. Mas ninguém se queixa
Dos duches. Grandes banhos de humanidade, de amizade, se tomam nestes duches
Até das bolhas nos pés tenho saudades ( representam muitas coisas )
Grande lição de humildade nos dá o nosso especialista Fernando Costa que esta sempre pronto a tratar os pés dos peregrinos. Eu já o vi deitar-se tarde, levantar-se cedo para tratar dos pés dos peregrinos. Só aqui
Por mais preparados
Por mais experiência que tenhamos há sempre imprevistos, novidades ...
É para quem percebe
Ir a pé a Fátima não é uma prova de atletismo
Para ir a pé a Fátima é preciso ter humildade e coragem ou coragem e humildade. Quem pensar: Eu faço muito desporto não me vai custar nada caminhar até Fátima esta completamente enganado. Eu fui um dos “ inteligentes “ que disse isto a primeira vez que fui e bem me enganei. Conheço vários valentes que não tem a humildade para ir a pé a Fátima, são só valentes, é pouco. Fé cada um tem a sua ( não sei como se mede, pesa ou compara ), sempre duvidei dos que dizem que não acreditam em nada. Sempre pensei que uma pessoa que não acredita em nada é uma espécie duma vassoura ou dum pacote de batatas fritas
Acredito nos que tem duvidas, muitas duvidas mas não acredito nos que dizem que não acreditam em nada. Também não acredito nos que dizem que não tem duvidas. Nunca acreditei
Também nunca acreditei nos que tem muita fé, os chamados beatos, beatas. É uma espécie de: duvidar dos bons e dos maus. Sobretudo dos que estão sempre a dizer que sim com a cabeça numa replica ao movimento das vacas na manjedoura estão sempre a dizer que sim com a cabeça
Do que mais me irrita nos beatos / beatas é da sua falta de humildade, estão sempre na auto promoção, auto evidencia, auto publicidade. Não gosto
Gosto das pessoas que tem opinião e que se sujam com a sua opinião. Das pessoas tipo rolha que estão sempre bem, que estão sempre a flutuar, não gosto. Simplesmente porque não me inspiram confiança
É. Admiro um adversário forte e corajoso que luta lealmente pelas suas ideias e desprezo um: sim senhor permanente
Das paragens. Não é só o descanso é também o convívio, os olhares
Grandes paragens, grandes conversas a sombra, ao sol, as vezes a chuva
Na véspera da partida ( na entrega dos sacos ) já partimos, contam-se as horas para a manhã seguinte
Ponho o despertador mas acordo sempre antes da hora e saio de casa a pé
E vou andando
A partida de Sacavém ainda é Lisboa, um bairro feio mas, ainda é Lisboa mas a medida que vamos andando Lisboa vai ficando mais longe e estamos a pé e vamos a caminho de Fátima e é óptimo
Vamos saindo da Igreja de Sacavém, só há peregrinos e vamos para a estrada. Começa a fila indiana. Agora começou mesmo ! Já vi pessoas chegarem tarde a partida mas nunca vi ninguém desistir
LISBOA - VILA FRANCA é o pior percurso, é feio, é perigoso, é muito barulhento e cheira mal mas já vamos a caminho de Fátima e é a única coisa boa porque tenho muita dificuldade em desligar em rezar
O quartel da Marinha em Vila Franca é óptimo. A missa, o jantar, a reunião, o dormir num beliche
Uma vez, quando dormíamos nos Bombeiros de Vila Franca tomei um duche com o Guilherme Santa Rita na casa de banho das oficinas dos Bombeiros rodeado de porcas e parafusos deslizando encima de óleo queimado memorável. Ainda hoje recordo com saudades este banho, o que rimos, o que rezamos. Só aqui
E lembro-me de ver o Guilherme Santa Rita a fazer da sua peregrinação uma verdadeira “ caminhada “ a passo de caracol para ajudar, amparar, acompanhar a Madre S. João a chegar a Fátima, porque todos os que partem tem que chegar. Só aqui
Depois é bom, VILA FRANCA - AZAMBUJA andamos pelo campo, rezamos pelo campo, cantamos pelo campo
A concentração matinal das tropas a porta do Lidl de Vila Franca é engraçada. No meio do parking há a oração matinal. Só aqui
Uma vez no Pavilhão onde dormíamos o Pe. Fábio dormiu connosco, mais um, mais um saco cama e ás 5 h. acordei-o e disse-lhe: Se quer tomar banho quente é agora ! E tomou e voltou para a saco cama. Só aqui
No 3. dia temos a celebre tirada AZAMBUJA - SANTARÉM. Celebre porque temos uma celebre missa e almoço na Quinta do Gaio. Mais do que celebre é lindo. A tirada de silencio a seguir ao almoço é memorável, sempre a subir, sempre a pensar. Dormimos no CNEMA e tomamos banho ou nos lavatórios do CNEMA ou nas Piscinas Novas de Santarém ( podemos escolher ). É um luxo
Voltar ao CNEMA durante uma feira qualquer ir a casa de banho e não ver ninguém a fazer a barba é uma sensação estranha
Voltar ao CNEMA durante uma feira qualquer e não ver ninguém de pijama nos corredores é uma sensação estranha
Voltar ao CNEMA durante uma feira qualquer entrar nas casas de banho e recordar: já dormi aqui e o Duarte Pereira Henriques acordou-me porque eu estava a dormir nas casas de banho e ele estava a fazer a barba e a cantar as 6 h. uma musica alentejana em honra de Nossa Senhora. Só aqui
A seguir vem outro dia histórico, outro percurso lindo, um almoço fantástico no Jardim da Ribeira de Santarém e uma missa ao fim da tarde num enquadramento digno de filme na Quinta do Castilho, segue-se um jantar e as vezes a fados ( tarde ) para os profissionais das horas altas
No dia seguinte ( 5. dia ) já cheira muito a Fátima é o último jantar, é a última dormida parece que andamos mais depressa : QUINTA DO CASTILHO - ALCANENA, e antes da missa temos um banho com muita agua nas Piscinas. A dormida é em grande no Pavilhão Desportivo. Já passei num dia qualquer por este Pavilhão parei a porta e comecei a imaginar 100 pessoas a jantarem e a dormirem lá dentro e fiquei com uma sensação de tristeza e nostalgia. Pensar eu jantei aqui, eu dormi aqui rodeado de amigos e agora não ver ninguém é triste
Ao longo do ano faço varias vezes de carro percursos que nos fazemos a pé, e vou recordando. Vejo paragens vazias onde nos paramos, onde vejo pequenos grupos acabar de rezar os seus terços, onde eu me sentei no chão, vejo muros onde me encostei, até vejo as bolachinhas que comemos, as aguas que bebemos mas, esta tudo vazio e é triste
E finalmente chega o ultimo dia: ALCANENA - FÁTIMA. Não é um fim é um principio. É um recomeçar com mais calma e confiança
Tudo isto e muito, muito mais é para quem fez. O contar é difícil. O explicar ainda mais difícil
Há tantas coisas que só fazem sentido aqui
Há tantas coisas que só faço aqui
Há tantas coisas, umas serias, umas de brincadeira que só faço aqui, que só tem sentido aqui
É uma semana magica
É uma semana em que vou andando
É uma semana que vou recordando ao longo do ano
É uma semana que as vezes tento explicar mas, não é para explicar é para fazer
Vou andando
Vou descarregando
Vou resolvendo ou tentando
Vou pensando em coisas
Vou acreditando em coisas
Vou criticando coisas
Vou chegando. Vou partindo. Vou ficando
Talvez se criticasse menos chegasse mais depressa, muito mais depressa. Vou demorar mais tempo a chegar
Mas vou chegar
Vou rezando
Sempre fui um bocado contra os terços, sempre pensei que era rezar com a ajuda duma maquina de calcular mas, devagar, muito devagar, vou entendendo o terço, as contas.
Muitas vezes rezo sem ordem. Rezo como sai e penso no estômago tudo se mistura isto é um pouco parecido. Faço isto no transito a guiar. Faço isto a andar pelas ruas. Faço isto em tantos sítios. Vou rezando sem contas. É como sai mas por vezes penso que não estou sozinho. Como diz o Luís Barahona de Lemos também inventei o meu truque para rezar: coloquei uma dezena junto com as chaves do carro
Tenho um amigo meu que corre e reza ao mesmo tempo. 3 km são um terço
A tempos a correr a ponte 25 de Abril perguntei-lhe: Quanto falta ?
Já foram 2 terços faltam 2 kms
Perfeito !
Tenho saudades de curtir a amizade, a companhia, as ideias dos outros
Tenho saudades dos olhares dos outros
Tenho saudades das mochilas dos outros
Chego a ter saudades dos andares característicos de alguns peregrinos
Tenho saudades de entrar num café e ver cadeiras com mochilas
Quando ao longo do ano oiço o barulho dum saco plástico lembro-me da caminhada
Quando ao longo do ano vejo alguém com uma mochila as costas, penso este vai para Fátima ? As vezes até penso na brincadeira que vai na direcção errada e é um ilustre turista
Tenho saudades das Avé Marias que cantamos todos juntos em forma de agradecimento as pessoas que nos deram de comer e de beber
Há muitas coisas que para mim já não são novidade mas é sempre bom reve-las, refaze-las
É um recomeçar permanente
É um melhorar
Um querer melhor
Um repetir o bom
Um tentar não repetir o mau
Há coisas que não entendo
Há coisas com as quais não concordo
Há coisas que sou contra
Mas há muitas que concordo
Vou andando
E o andar é todos os dias
E sempre que vejo, encontro um peregrino, é um peregrinar de novo. É uma espécie de partir para Fátima
E sempre que encontro alguém que levo o andor comigo é uma relação muito especial Acredito que todos ficam marcados e que sem dizer palavras existe uma relação que vai para além das palavras. As vezes falamos sobre o assunto e há quem fique com os olhos molhados ao relembrar aqueles minutos. É para quem fez apesar que muitas vezes penso que não merecia levar o andor
Já levei varias vezes o andor. Mas, carregar o andor no dia 12 de Maio a noite com um grupo de amigos deixa marcas para a vida
Há coisas que nunca mais se esquecem
Ter a oportunidade de ver a multidão de pessoas e a multidão de velas aceças dum local alto é um autentico privilegio
Aquela Avé Maria que rezamos abraçados a fazer uma roda quando já estamos em formatura a espera do andor é óptima. Cada um tem direito a dizer uma intenção e no fim rezamos um Pai Nosso e depois ficamos em silencio, cada um com os seus pensamentos, intenções e orações a espera do andor
O bom que é ver a fila de Padres a desfilar a nossa frente e quando aparece algum Padre que nos conhece faz-nos um sorriso e dá uma benção ao grupo
Já ouvi Servitas a dizerem: Vocês são uns sortudos eu nunca levei o andor. Eu sei. Nos sabemos.
É muito difícil de explicar a sensação de agarrar no andor, de entrar para debaixo do andor. E quando acabamos parece que voamos. É para quem fez
Guardo “ religiosamente “ a minha caixa com as coisas de Fátima: roupas, acessorios, truques
São necessárias só uma vez por ano. Mas essa vez é muito importante
Todos os anos faço o meu saco com mais técnica: menos coisas e só coisas polivalentes
É
É bom peregrinar. É indispensável hoje para mim
Não troco a semana de Fátima por nenhumas ferias em nenhuma parte do mundo
Desligar é óptimo
Entrar noutro mundo, noutras conversas, noutros valores, noutras preocupações
É bom deitar rodeado de amigos
É bom acordar rodeado de amigos
Os laços de amizade, de solidariedade, de preocupação de todos com todos é lindo. Devia ser assim todos os dias. Devia mas não é infelizmente
É bom rezar um terço a meio noite deitado num saco cama com o Felipe Camejo. Só aqui
O chão pode estar sujo mas aqui não tem importância
Os colchões podem estar sujos, cheios de pó mas aqui não tem importância
Só aqui até uma ficha tripla se partilha, se divide
Já ouvi: Eu acordo a meio da noite tiro o meu e ponho o seu telemóvel a carregar
Só aqui
Só aqui
O chegar a Fátima
O chegar a Fátima, sujos, suados, cansados todos juntos é para quem fez
O entrar em Fátima, muitos ( este ano éramos 270 ), todos juntos, em silencio é óptimo Todos pensam: chegamos e todos pensam no presente, no amanhã com mais fé. É só para quem fez
O terço em frente a Capelinha a chegada é só para quem fez. Os amigos, os parentes podem ver mas não tem nada a ver
Os que entram, desfilam com o Grupo na entrada a Fátima e não andarem a pé durante uma semana, podem entrar com o Grupo mas não tem nada a ver. É só para quem fez. É como acompanhar o João Garcia que subiu o Evereste nos últimos 50 m da descida
É uma semana onde tudo se mistura o antes, o durante, o depois
Quando vejo a placa de transito a dizer Fátima penso acabou e tenho pena
Já sei que posso, podemos peregrinar todos os dias mas é diferente. Não tem nada a ver
E vamos repetindo
Fátima. A Peregrinação a Fátima esta cheia de recordações, de momentos únicos que não se repetem porque um momento único é único, pode haver outro parecido, mas é outro
É por isso que cada vez que vou a Fátima gosto de entrar devagar no recinto pela nossa porta, olhar para a Capelinha e recordar
Situações que me fazem rir, situações que me fazem chorar, situações que me fazem pensar, situações que me fazem crescer na minha fé apesar de tantas contradições que tenho na minha cabeça, apesar de tantas revoltas que tenho e me tiram a calma, apesar de tantas coisas que não entendo, que não concordo e me irritam no meu dia a dia
Vou andando
Parar é morrer
Vou andar até morrer
Tenho a impressão que nunca vou ficar quieto, sossegado, em paz a concordar com o que vejo
As vezes digo: Alguém tem que ser do contra. Sou eu
Não é uma posição fácil. Sei que é radical. Tudo ou nada. Vitoria ou derrota. Sei que pensando assim compro muitas guerras. O pior é que muitas vezes no meio é que esta a virtude ...
Como escrevo muitas vezes:
É
Ainda tenho que ir muitas vezes a Fátima
Sei que estou melhor mas ainda tenho muito, muito, muito chão para pisar, para perceber, acreditar na diferença da pergunta Em vez de perguntar: Por quê ? Perguntar: Para quê ? Não é uma questão de gramática ou de brincar com as palavras. É para pensar. Mas ainda não a aceito sobretudo quando vejo doentes. Se sou Voluntário no IPO é graças a Tia Gena e ao Passo a Passo, temos uma equipa fantástica o Zé Manel Capelo, Mário Freitas, Manuel Guedes de Sousa, Luís Barahona de Lemos, Mingas Fezas Vital, Fernando Costa. Já consigo rezar em frente a um doente mas pergunto sempre: Por quê ? Quando vejo / oiço muitas coisas.
E muitas vezes, talvez num acto de enorme rebeldia pergunto / peço: Leva este gajo ou põe-no a jogar futebol. É. É verdade
Obrigado Tia Gena. Um beijo
Até pro ano !
Julho 2008
Tomás Moreno
PS. Não inventei regras de ortografia, simplesmente não coloquei de propósito “ pontos finais “, porque não há pontos finais, é para continuar
1 comment:
Caro Tomas Moreno
De facto qualquer peregrinação a Maria, fica marcada nas nossas vidas, muito mais quando estamos acompanhados de amigos e privados de tudo aquilo que nos afasta de Deus.
Compreendo perefeitamente as suas palavras, mas infelizmente nunca caminhei a pé até Fátima.
Bem hajam.
Miguel Maria de Moura Ferreira Guerreiro.
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